Brigadeiro de café.

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Um fato verídico aconteceu em um desses sábados, passando do meio dia na aula da pós-graduação sentimos a felicidade invadir nosso espaço e não era qualquer coisa não, era um aroma como se fosse de um bolo saído do forno, só que um bolo de café e pra ser melhor, não era bolo, era brigadeiro. Só consigo imaginar uma coisa mais feliz para esse dia, talvez achar dinheiro na rua, mas como a perfeição já estava tão perto o brigadeiro de café já me bastava para esse dia. Senti-me como uma velha virgem que só tem seus prazeres consagrados na hora que se toma aquela xicara de café matinal e vai vigiar a vida alheia.
Imagine uma paixão elevada à milésima potencia, sim é a junção do brigadeiro e do café aquele fator que nos emociona e até melhora um estado de saúde, já imagino pessoas levantando do coma apenas para se deliciar com tal gostosura. Quando finalmente consigo pegar um em minha mão, um não peguei logo dois brigadeiros enormes em minha frente e pronto, varias lembranças haviam tomado conta de minha mente, nos poucos minutos que eu havia degustado aquele brigadeiro talvez lembrei do primeiro bolo de chocolate que provei na vida, das vezes que pela manhã em que acordava cedo para ir a escola, minha mãe estava lá com a mesa posta de café e ela com aquele sorriso maroto que só a nega sabe dar, até aquele por do sol despretensioso e as tardes de chuvas, AI! As tardes de chuva.
Sabe, eu fico pensando em todas essas lojas que se dizem fazer brigadeiros gourmet, e todos os sabores que são lá colocados, chocolate com pistache, nozes, castanha, limão, frutas vermelhas, damasco e o que mais essa doida da gastronomia já permitiu fosse inventado. Mas para mim nada vai substituir a modo que esse brigadeiro foi preparado, na cozinha de uma casa, de modo artesanal, colocado todo o carinho que só uma mãe tem. Dei uma mordida no brigadeiro, estava bom. Macio e realmente com sabor de brigadeiro de café, ainda com um toque mais especial, não lembro bem se é chocolate belga ou suíço, isso ainda não consigo diferenciar, mas era muito bom. Acho que passa um filme lento e em preto em branco estilo Charles Chaplin onde voltamos à infância, enfim, depois de tudo isso é hora de voltar à realidade, comi o outro brigadeiro e a vida continuou.

Publicado por Erlon Natividade - Crônista de Quinta

Virginiano, Paraense, setembro de 89, Publicitário, apaixonado por cafés, leio horoscopo, escrevo sobre casos e acasos, boas lembranças e péssimas escolhas. Contado: (91) 984772365

Um comentário em “Brigadeiro de café.

  1. ownnnn que lindo amigo,estou emocionadíssima com a sua sensibilidade,você captou toda a essência do amor e afeto que transmito a cada um doces que faço,obrigada de coração❤

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